quinta-feira, 22 de junho de 2017

Educação de crianças e educação de adultos

Um assunto tem me perseguido nas últimas semanas. A primeira vez que ouvi sobre ele foi numa apresentação da Elaine Cristina da Silva, aluna do mestrado em Direito da UFMG. Trata-se da tentativa de comparar professores que cuidam da educação de crianças e professores que cuidam da educação de adultos.

Professores da educação infantil ensinam. Professores universitários, também. Professores da educação infantil esperam que seus alunos aprendam. Professores universitários, também. Professores da educação infantil avaliam. Professores universitários, também.

Mas em qual desses dois contextos, o da educação infantil ou o da educação universitária, é mais provável que a avaliação esteja desconectada do processo de ensino e aprendizagem? Ou que seja utilizada para obrigar estudantes a estudar determinados assuntos? Ou para manter o interesse dos estudantes nas aulas e nas demais atividades? Ou para reforçar a autoridade do professor? Ou para punir estudantes que não tenham se comportado bem?

Em qual desses ambientes é mais provável que a avaliação seja percebida como um fim em si mesma? Ou como algo mais importante que o aprendizado?

Enfim, em qual desses ambientes é mais provável que estudantes sejam tratados como seres incapazes de agir por conta própria?

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